sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Biografia de Maurice Druon

O escritor Maurice Druon nasceu em 23 de abril de 1918 em Paris e morreu em 14 de abril de 2009 também em Paris, na França. De origem russa, tinha entre seus antepassados, um bisavô brasileiro, Odorico Mendes (1799-1864), escritor e jornalista que ficou conhecido por traduzir Homero e Virgilio.

Passou a infância na Normandia e cursou os segundo grau no Liceu Michelet. Estudante de Ciências Política, iniciou-se no mundo da escrita aos 18 anos, quando publicou suas idéias em revistas e jornais literários.

Conheceu de perto os horrores da guerra, pois combateu no interior da França durante a Segunda Guerra Mundial (1941). Após ingressar nas forças da Resistência, deixou a França em 1942 e clandestinamente, atravessou a Espanha e Portugal para ingressar nas fileiras dos serviços de informações da chamada “França Livre”, em Londres, trabalhando com De Gaulle.

Após se distanciar do universo militar, entrega-se ao mundo da literatura e a partir de 1946 consagra-se como escritor e em 1948 recebe o primeiro prêmio de reconhecimento, o Prêmio Goncourt, pelas novelas “As Grandes Famílias”, além de ter recebido outros prêmios por esse conjunto de obras.

Entre os anos de 1950 e 1960, ele criou a série “Os Reis Malditos”, que foi traduzida para vários idiomas. Ficou mundialmente conhecido pelo seu único livro infanto-juvenil, “O Menino do Dedo Verde” (cujo título original é “Tistou les pouces verts”) publicado em 1957. No Brasil foi traduzido por Dom Marcos Barbosa.

Em 8 de dezembro de 1966 foi eleito para a cadeira 30 na Academia Francesa de Letras. Tornou-se Secretário Perpétuo da instituição a partir de 1985 e renunciou 14 anos depois, em 1999.

Concomitantemente exerceu funções na política, sendo nomeado em 1973 Ministro da Cultura francês. Pouco tempo depois de assumir o cargo, declarou não ter intenções de entregar verbas do governo a “subversivos, pornógrafos ou intelectuais terroristas”. Sendo considerado pelos artistas, escritores e políticos como um ditador intelectual. Ocupou outro ministério entre 1973 e 1974 como Ministro dos Negócios Culturais. Ainda na política foi deputado por Paris entre 1978 a 1981.

Em abril deste ano morreu Maurice Druon, uma personalidade extremamente importante para a história da França e da literatura mundial.

As suas principais obras são:

A série “Os Reis Malditos”

“As Grandes Famílias”

“O Menino do Dedo do Verde”

o menino do dedo verde
o menino do dedo verde
Em 1957, o escritor francês Maurice Druon lançou o único livro infanto-juvenil que escreveu na vida, “Tristou Lês Puces Verts”. No Brasil, ele ganhou o título de “O Menino do Dedo Verde”.

O livro narra a história de Tistu, um menino filho único de uma família abastada que mora em uma grande casa, a Casa-que-brilha, com o Sr. Papai, Dona Mamãe e seu querido pônei Ginástico, em uma cidade chamada Mirapólvora. Tistu é o que podemos chamar de um menino muito sortudo, já que vem de uma família com posses e nunca sofreu qualquer tipo de necessidade na vida. Apesar disso, era uma decepção quando o assunto era estudar, inclusive conseguia dormir durante as aulas. Sr. Papai, decepcionado, toma uma decisão que vai mudar para sempre a sua vida, a dos seus entes queridos e de toda a cidade.

Decidido que Tistu aprenda as coisas da vida vendo-as de perto e vivenciando-as na pele, determina que a criança começaria a ter aulas com o jardineiro da casa, Bigode e com o gerente da sua fábrica de canhões, o Sr. Trovões.

A atenção que Tistu não dava às aulas tradicionais foram dedicadas com afinco com o senhor Bigode. Já na primeira aula, o jardineiro descobre que a criança tem um dom fantástico, especial e diferente. Tistu descobre que possui o dedo verde, o que significa que onde ele tocar com o seu dedo mágico, flores nascerão. A medida que o tempo vai passando e as aulas acontecendo, senhor Bigode se transforma em um grande amigo e conselheiro de Tistu, recomendando a ele em primeiro lugar que mantenha o seu dom em segredo, pois as pessoas adultas muitas vezes não entendem completamente a profundidade de um dom como aquele.

Com o jardineiro, Tistu aprendeu sobre o lado bonito e feliz da vida, a cuidar de um jardim e como fazer para que as flores mantenham-se sempre lindas e perfumadas, mas com o segundo professor, o Sr. Trovões, Tistu conhece o lado triste, sofrido e angustiante do mundo, como a miséria, a favela, a prisão e o hospital.

Diante dos ambientes e dos conhecimentos que estava recebendo, a criança decide alegrar um pouco a vida das pessoas que lá habitam, mas sem revelar o que estava fazendo. Tistu toca na parede do presídio e lindas flores brotaram cobrindo todo o lugar. Foram tantas as flores que as portas da prisão não fechavam, mas isso ao invés de se tornar um problema, foi a solução. Pois o lugar estava tão lindo e agradável de se viver que nem os presos queriam ir embora.

Os milagres de Tistu ultrapassaram os muros da prisão e foram para favela. Antes assolada em miséria, com a chegada do menino do dedo verde, as flores absorveram a lama, enfeitaram as casas e levaram admiração e alento para os moradores. Transformando o lugar que antes era visto como à margem da sociedade em um ponto de atração turística.

Seguindo com as suas aulas, Tistu se viu em um lugar onde existia muita dor e sofrimento, onde ficavam pessoas com doenças e problemas de saúde, o hospital. O garoto, penalizado por causa de uma menina que ficava contando os buraquinhos do teto para passar o tempo, resolveu dar a ela dias mais felizes. Tocou com o seu dedinho o leito em que ficava a garota, e feito mágica, botões de rosas brotaram; e agora, ao invés de buraquinhos no teto, ela contava os botões de rosa.

Após modificar a cidade e a vida das pessoas que lá residiam, Tistu decide conhecer a fábrica do Sr. Papai. A partir dessa visita a vida da família de Tistu e de muitas famílias vai mudar completamente. Inconformado e incomodado por descobrir o que a fábrica do seu pai construía e por saber os efeitos que uma guerra causava na vida das pessoas, o menino do dedo verde toma uma atitude que atingirá muitas vidas.

Secretamente, Tistu encosta o dedo nos canhões da fábrica do pai que estavam sendo enviados para uma guerra. O resultado disso foi que ao invés de bombas, os canhões lançaram flores. Como conseqüência, a guerra fracassa e é levada ao fim. Diante disto, a fábrica de Sr. Papai é arruinada e este se desespera.

Ao ver o sofrimento e agonia do pai, Tistu resolve contar toda a verdade e assume a culpa pela falência da fábrica. Revela o seu segredo e assume que quem fez as flores brotarem ao invés de bombas foi o seu dedo verde. Percebendo que o pai não deu muita importância a sua revelação, Tistu tenta provar o seu dom. O impacto no pai é tão grande que modificará até mesmo o funcionamento da fábrica.

Tistu um dia recebe uma triste notícia que o perturbou demais: o jardineiro Bigode fora fazer uma viagem e nunca mais iria retornar. Confuso com as informações e sem receber as devidas explicações, Tistu resolveu conversar com o seu pônei Ginástico para saber a verdade, o que realmente havia acontecido com o senhor Bigode. Ginástico então lhe revela algo muito triste e de difícil compreensão.

Mas Tistu é um garoto esperto e logo entende o que ocorrera de fato com o senhor Bigode. E toma uma atitude radical que vai gerar consequências profundas, deixando inclusive os leitores tristes e comovidos.

Um livro lindo, uma história leve, doce e cheia de pequenas lições. Apesar de ser infanto-juvenil, deveria ser leitura obrigatória para todos os adultos. Afinal quem mais precisa de doçura e candura nessa vida são os grandinhos, pois as crianças são doces e puras por natureza.

“O Menino do Dedo Verde” fez tanto sucesso ao redor do mundo e, principalmente, na França que acabou ganhando uma adaptação para desenho animado naquele país.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Relato de viagem-Cordisburgo e a gruta do maquiné


No primeiro dia de Outubro de 2013 os 6º anos foram a Cordisburgo e a gruta do maquiné.São aproximadamente 2 horas de viagem ida e volta,chegando a Cordisburgo a vegetação começa a mudar com árvores baixas e retorcidas e mato rasteiro. Atravessamos a cidade e fomos para a gruta.
chegando lá recebemos orientações e algumas informações:
  •    A gruta é formada por calcário;
  •    A gruta é formada por sete salões;
  •    Descemos 18 metros gruta a dento;
  •    Localizada em Cordisburgo;
  •   A Gruta foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, na época proprietário das terras. Foi explorada cientificamente em 1834 pelo naturalista dinamarquês Dr. Peter Wilhelm Lund que, em seguida, mostrou ao mundo as belezas naturais de raro primor; 
  • A gruta  é considerada a mais bonita do mundo berço da paleontologia brasileira;
  • É a 1ª gruta  aberta  a exposição ao turista;
na gruta existe 7 salões:
1.     Salão dos vestíbulos: é a primeira câmara, e é quase totalmente iluminado pela luz exterior. Possui 88 pés de comprimento, 66 de largura e 26 de altura. No momento em que visitamos a gruta, sua temperatura era de 26°C e com umidade de 41%. Ele possui pequenos lagos em que as pessoas jogam moedas e fazem pedidos. O dinheiro é recolhido é doado à instituições de caridade.
2.     O salão das colunas – é a segunda câmara, sua iluminação já é feita artificialmente. Possui 122 pés de comprimento por 74 de largura. Estava com temperatura de 26,7°C (perceba que a tendncia da temperatura é diminuir, mais nesse caso, devido as luzes artificiais colocadas na caverna, essas luzes estão influenciando na temperatura fazendo com que ela aumente) e umidade de 53%. 
3.     Salão do Trono – é a terceira câmara. Possui 220 pés de comprimento, 116 de largura e 50 pés de altura. Em sua entrada encontramos uma gigantesca estalactite branca de grande brilho e beleza. 
4.     Salão do Carneiro – é a quarta câmara. Nesse salão, o que nos chama a atenção é a figura de um carneiro (o que dá nome ao salão) e a figura de um cogumelo atômico. Possui 60 pés de comprimento, 66 de largura e 36 de altura. Estava com temperatura de 25,5°C e umidade de 60%. 
5.     Salão dos Lagos – é a quinta câmara. Possui 78 pés de comprimento e largura e 60 pés de altura. Estava com temperatura de 25,8°C e umidade de 67%. 
6.     Salão das Fadas – é a sexta câmara. Nele foram encontradas diversas ossadas de animais. Segundo Dr. Lund, “nenhuma outra caverna produzira combinações tão admiravelmente belas como as que se encontram nesta parte da gruta.” Possui 108 pés de comprimento e 50 pés de altura. Estava com temperatura de 25°C e umidade de 70%. 
7.     Salão Dr. Lund  – a sétima câmara da gruta é dividida em dois salões: o salão Dr. Lund (138 pés de comprimento, 72 de largura e 50 pés de altura) e o Salão do Cemitério (534 pés de comprimento por 184 pés de largura). Em toda sua extensão, sua temperatura era de 25,4°C e umidade de 79%

Na cidade de Cordisburgo, fomos a casa de Guimarães Rosa  e ao portal,para recitar alguns textos de Guimarães.A casa que virou museu há muitas informações sobre João.